quinta-feira, 13 de junho de 2019

Ansiedade.

Minha angustia me sufoca.
Ela me coloca realidades que não existem.
Medos que não machucam.
E mesmo assim, me dá vontade de sumir.
Minha ansiedade não me deixa viver.
Me aprisiona em um ciclo dentro da minha cabeça.
Me faz delirar sobre coisas impossíveis.
Mas são possíveis.
E naquele momento parece tão tangível.
Tão tangível.
Tão tangível que me desespero.
Meu batimento acelera.
Meus olhos não param.
E minha respiração fica ofegante.
Mesmo que eu não tenha saído do lugar.
Coisas ruins estão prestes a acontecer.
Mesmo que não estejam.

Meus medos.

Eu tenho medo de tantas coisas.
Coisas que eu ainda nem sei o nome.
E outras que eu sei até demais.
Elas ficam rondando minha cabeça.
De novo e de novo e de novo e de novo.
Nunca para e quando eu me dou conta.
Eu estou chorando de novo.
Apesar de eu não gostar.
Me ajuda a colocar pra fora o peso que parece ocupar meu coração.
Mas as pessoas sempre vem perguntar o que foi.
Eu não quero falar.
Elas nem se importam.
Só querem saciar a sua inquietante curiosidade.
Meu sofrimento é só meu.
Só eu entendo.
Só eu o tenho.
E mesmo assim, preciso colocar pra fora.
Por tantas razões.
E pelos mesmos medos que eu ainda não sei o nome.