terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Eletro-tempo

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Me sinto perdida no tempo.
 Obviamente o tempo não para, mas isso não nos impede de desejar, ter mais e mais daqueles segundos a fim de aproveitar melhor o dia. O relógio é um cruel companheiro que não sente pena de ninguém, seu ponteiro continuará a girar independente de quanto imploramos para que congele.
 Em meus devaneios me pergunto se não seríamos mais felizes se nunca tivéssemos percebido a existência do tempo. Nossa vida seria mais tranquila, relaxada e possivelmente preguiçosa, mas não nos importaria coisas banais como a morte, que chega para nós como uma sombra a noite, silenciosa e discreta, nos apunhala pelas costas, puxando-nos para o infinito.
 O tempo não espera, repete ou anda para trás, tem um sentido apenas: para frente.
 Procrastinar se torna crime capital por matarmos o tempo de forma tão irrelevante, seja vendo vídeos inúteis no Youtube ou olhando para o teto por horas, mas não podemos evitar, os elementos a nossa volta nos chama, principalmente um eletrônico tão comum hoje: o celular. Esse aparelhinho tão amado por todos (inclusive a mim), rouba nossos preciosos minutos com, na maioria das vezes, inutilidades que não nos serve de nada, mas mesmo assim  insistimos em usar o dia inteiro 365 vezes por ano.
 Não serei hipócrita em dizer que não faço isso, mas esse assunto tem me incomodado muito ultimamente, como não consigo me segurar em checar minhas redes sociais a cada instante, quando poderia me conectar com pessoas que estão ao vivo do meu lado. A cada ano que passa as relações físicas parecem desinteressar as novas gerações, é só perguntar a uma criança se ela prefere ficar ao celular ou brincar na rua, a maioria prefere ficar em frente a pequena tela e isso me entristece. 

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